domingo, 10 de abril de 2022

A radical diferença entre a teologia moral de Santo Tomás de Aquino e a teologia moral de Santo Afonso de Ligório

                                                                                                                 Carlos Nougué

 Nas 303 questões (com cerca de 1.540 artigos) de que consta o vasto tratado moral da Suma Teológica – sua Segunda Parte –, praticamente não se encontra nenhum estudo de casos de consciência, e o papel que seria o desta é exercido conjuntamente pela razão prática e pela virtude da prudência sobre-elevada pela graça; só em algum quodlibet Santo Tomás trata certo número de casos morais singulares, mas isto porque neste tipo de disputa os temas eram propostos pela assistência. No entanto, o primeiro livro da Teologia Moral de Santo Afonso começa com um longo tratado “Da Consciência”, onde esta aparece como uma sorte de intermediário entre a lei e a liberdade – coisa que jamais passou pela mente de Santo Tomás (nem, aliás, pela de nenhum Padre da Igreja). Mas Santo Tomás e Santo Afonso não são ambos doutores da Igreja? Como é possível tamanha divergência? Por outro lado, não terá a Igreja aprovado a doutrina moral de Santo Afonso, o equiprobabilismo? Tudo isso também o tratarei no novo curso (de um ano) que começará no próximo 31 de maio. No início do mesmo mês, darei a conhecer o programa do curso e todos os demais dados relativos a este. – E não se esqueça: apesar de em julho eu terminar de gravar as 260 aulas da Escola Tomista, esta continuará no ar ao mesmo tempo que o novo curso, e eu continuarei a responder às dúvidas dos alunos dos dois cursos. Diga-se, a propósito, que se poderá assistir simultaneamente a ambos.