quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

COM A VARIANTE ÔMICRON, PROSSEGUE O CASTIGO DIVINO

                                                                                                                     Carlos Nougué

Sempre a Igreja, seus santos e seus doutores disseram que as pestes e as catástrofes naturais são castigos de Deus pelos pecados dos homens. E a pandemia de covid-19, obviamente, também o é; apesar de não poucos católicos – e alguns do melhores – preferirem brincar de Sherlock Holmes para descobrir conspirações dos globalistas (como se precisasse de conspirações uma revolução já tão vitoriosa). Não querem ou não conseguem ver que os revolucionários hegemônicos dos dias de hoje – os marcusiano-globalistas, ou sadolibertinos – estão tontos diante da pandemia, que afeta gravemente seus interesses: crise econômica global com inflação galopante no campo da alimentação e no da energia, tambores de guerra mundial, protecionismo crescente, lockdowns que obrigam os cidadãos a encerrar-se em seus territórios nacionais e as famílias em seus lares (que coisa mais antiglobalista pode haver que isso!?), etc. Naturalmente, as grandes farmacêuticas lucram com a venda de bilhões de doses de vacinas; mas isso é assim mesmo no capitalismo, haja vista quanto lucraram a indústria siderúrgica e a bélica nas duas guerras mundiais (e pode haver algo mais antiglobalista que guerras globais?!).

Pois bem, como dito, prossegue o castigo divino que é a atual pandemia, e é castigo longo e lento: a gripe espanhola era mais letal que a covid-19 mas seu vírus era menos mutante que o desta (só no Brasil já há cerca de 40 variantes), razão por que a devastação causada por ela foi relativamente mais breve que a da pandemia de covid-19. Além disso, como todos os castigos divinos, a atual pandemia traz imensos bens. Por exemplo: ao que parece, não vai haver carnaval de rua este ano ao menos em algumas das grandes cidades. O demônio deve de estar contorcendo-se de ódio impotente.