https://www.youtube.com/watch?v=1F9zlmjx6OE
Urlan Salgado de Barros
Como exemplo disso, mencione-se o seguinte.
No momento em que trata dos diversos idiomas e como supostamente foram
aparecendo – isso ele o faz como analogia com a evolução gradual das espécies
–, PIRULA mostra, literalmente, as línguas de pessoas. Mas esse tratamento
infantil e tolo é só mais uma das várias contradições do vídeo, uma vez que ele
diz, em dado trecho, que o Evolucionismo, da forma como as pessoas tendem a
pensar, até com o nascimento de espécies bizarras, é algo infantil. No entanto,
vários evolucionistas pensaram assim e ainda pensam. EMPÉDOCLES pensava assim,
ANAXIMANDRO também, e aqueles que acham que as proteínas
se deram em algum lugar (na sopa primordial) para depois se ajuntarem
magicamente aos seres vivos, também.
Dessa forma, a análise do vídeo segue o
seguinte fluxo. Primeiramente, é comentado um trecho do vídeo e, então,
realizada uma observação daquele trecho. Alguns comentários são menores, outros
– como na questão da datação com o método do carbono-14 – são maiores.
Sem mais delongas, vamos à análise do vídeo.
No início do vídeo, segundo PIRULA – esse homem
que, nas palavras dele, “ESTÁ ESPÉCIE HUMANA” (a seguir isso será entendido) –,
a definição que aprendemos na escola de espécie
é a seguinte: “grupo de seres vivos capazes de se cruzar, e gerar descendentes
férteis, em condições naturais, estando reprodutivamente isolados de indivíduos
de outras espécies”. Ainda, PIRULA menciona que essa definição foi cunhada por um
evolucionista de nome ERNST MAYR; todavia, tal definição estaria incompleta.
OBS.: interessante é que o próprio DARWIN,
no livro A origem das espécies, que trata justamente das ESPÉCIES,
incrivelmente não ousou definir ESPÉCIE (provavelmente algum evolucionista
darwinista diria que isso seria muito difícil, ou que não existiam evidências
para isso, ou qualquer outra coisa incoerente).
Quanto a ERNST MAYR, foi um biólogo neodarwinista
que dedicou grande parte da sua carreira ao estudo da evolução, da genética de
populações e da taxonomia. Explicando as cinco teorias de DARWIN sobre a
evolução[1],
ERNST MAYR as elenca da seguinte forma: (1) evolução como tal, (2) descendente
comum, (3) gradualismo, (4) multiplicação das espécies e (5) seleção natural.
Não é objetivo deste pequeno texto analisar as explicações dadas por este
biólogo evolucionista, mas salta aos olhos que a primeira teoria nada mais é
que a teoria sensista de Heráclito; diz ERNST, logo no início da primeira
teoria, o seguinte: “Esta é a teoria na qual o mundo não é nem constante nem
perpetuamente cíclico, mas, ao contrário, está mudando de forma constante e
talvez direcional, e os organismos estão sendo transformados com o tempo”.
Assim, desse modo heraclitiano mencionado
por ERNST MAYR, nós poderíamos pensar que a teoria não deveria chamar-se “evolucionismo”,
mas “mudacionismo”, uma vez que as coisas estão sempre em mudança. E, mesmo
considerando o evolucionismo enquanto tal, para onde algo está evoluindo?
Evoluem para manter a espécie? Mas para isso não seria melhor ter vários
"filhos"? E evoluem para viver por mais tempo? Então, depois de “zilhões”
de anos, todos seremos como tartarugas? Ou seria evoluir para o intelecto do
homem? Neste caso, por que há só o homem com tal potência, mesmo depois de todo
este tempo em que a vida surgiu na Terra? E mais: por que razão as partes do
todo, em um vivente, de alguma maneira cooperam numa unidade – como uns dizem,
de maneira holística –, e não sucede o contrário, que sucederia nas justaposições
(como aquilo que propôs Empédocles)? “Isso é complexo”, responderá o
darwinista. Oh! tantas perguntas difíceis, não tenho respostas, o que fazer? Já
sei, diz o darwinista: é só fazer como PIRULA, produzir vídeos cuja seriedade é
infantil.
Por outro lado, faz-se saber: a resposta
está, justamente, naquilo que PIRULA muito infantilmente tentará atacar neste
mesmo vídeo. A resposta está na forma substancial – aquilo que faz com que uma
coisa seja aquilo que ela é –; no caso dos viventes, na alma (que é o princípio
da vida). Há uma série de fenômenos que apontam para que não se possa explicar
o vivente como uma mera soma e justaposição de séries não viventes que estão juntas
e justapostas entre si. Mas a alma, por outro lado, é o que vai explicar como
as forças naturais estão juntas e coordenadas num vivente (ao contrário do que
tenta fazer o mecanicismo darwinista-PIRULÍTICO).
Continuando com o vídeo, PIRULA então
explica que basicamente o que faz uma espécie nova formar-se é: isolamento +
tempo (ou seja, cladogênese + anagênese). Cladogênese é a divisão em duas
populações que já não se encontram, e anagênese são as modificações que vão
acontecer em cada uma delas que não acontecem na outra. Mas, de acordo com PIRULA,
no vídeo ele não está interessado em saber como as espécies se formam, e sim
qual é a definição de espécie, o que é espécie, ou seja, a partir de que ponto
ele pode chegar e dizer: “Bom, aqui é uma espécie nova”. De acordo com ele,
basicamente, este ponto NÃO EXISTE (ou então existe, mas não é um ponto só, são
vários pontos).
OBS.: é impossível saber se se criou uma
nova espécie sem ter uma ideia de classificação daquilo que condiga com a
realidade. Se ele não sabe o que é espécie, como então pode dizer que nasceu
uma nova espécie? Ele provavelmente usa o sistema hennigiano, no qual se busca
estabelecer a relação de parentesco dos organismos. Mas, como mencionado a
seguir, proximidade genética e física não têm nada que ver com parentesco.
Além disso, há um grande problema no
evolucionismo darwinista com a questão dos elos. Neste sentido, JAMES MALLET,[2]
explicando por que não vemos os intermediários (os tais elos), diz que DARWIN,
em seu A Origem das Espécies, se pergunta o seguinte: “Se a evolução é
um processo contínuo, por que já não vemos os intermediários [elos] entre as
espécies?” Resposta de Darwin: “O processo evolucionário rapidamente oblitera os intermediários (seu
princípio da extinção) e se torna distinto na natureza”. Ainda: “A seleção
natural tende a... exterminar as formas-pai e os vínculos intermediários”. Ademais,
GEORGE G. SYMON, um dos evolucionistas do século XX, dizia[3]:
“É verdade, como todo paleontólogo sabe, que a maioria das novas espécies,
gêneros e famílias, praticamente todas as categorias acima do nível de
famílias, aparece no registro fóssil subitamente, e não deriva de outras por
sequências de transições graduais e contínuas”. Outra confissão é feita por um
dos discípulos de GEORGE G. SYMON, cujo nome é DAVID KITTS, que menciona[4]:
“Apesar da promessa brilhante de que a paleontologia fornece os meios de ver a
evolução, ela apresentou algumas dificuldades desagradáveis para os evolucionistas, a
mais notória das quais é a presença de ‘lacunas’ no registro
fóssil. A evolução requer formas
intermediárias, e a paleontologia não as fornece”.
Muito interessante! Há uma boa quantidade
de fósseis para que eles possam falar acerca da evolução como querem, mas não
há um único fóssil que seria o elo, o intermediário. Daí que surjam explicações
esdrúxulas de como o processo evolucionário se oblitera; não existe ponto para explicar
quando há uma espécie nova; ou que não conseguimos enxergar a mudança porque
ela é gradual e só vemos um pequeno período, etc. Ou, melhor ainda, dizer que “nenhum
verdadeiro evolucionista se vale do registro fóssil como evidência a favor da
teoria da evolução”[5].
Continuando com a análise do vídeo, na
sequência, tentando fazer uma analogia com a evolução das espécies, PIRULA
mostra várias línguas e então diz que vai comentar sobre os idiomas. Mais à
frente, quando cita a Idade Média, coloca desenhos de pessoas perdendo a cabeça
(outra coisa patética). Enfim, depois de muito falar sobre as línguas
(inclusive mostrando línguas de maneira infantil), ele cita RICHARD DAWKINS – claro,
não poderia faltar – usando um exemplo deste (“que ficou muito bom”, nas
palavras de PIRULA; óbvio, é o grande DAWKINS falando) sobre os chimpanzés e os
seres humanos. De acordo com isso, praticamente 7 milhões de anos nos separam
do ancestral comum que deu origem aos chimpanzés e aos bonobos. E isso dá,
levando em consideração uma geração de 14 anos exatamente, 500 mil gerações.
Então vamos imaginar agora a espécie ancestral que deu origem aos chimpanzés
bonobos e aos seres humanos; não sabemos direito como ela seria, não há fósseis
dela (porque a gente nunca vai descobrir se realmente os fósseis são dessa espécie).
OBS.: aqui há uma falácia de petição de
princípio. Conquanto a finalidade próxima fosse supostamente definir espécies
(ele que não acredita em causa final), o vídeo tem como causa universal provar
que o evolucionismo é verdadeiro. Mas antes ele tem de provar que há uma
espécie ancestral (ou seja, que foi encontrado o elo perdido que ainda continua
perdido). E é mais bizarro ainda ele supor que houve um ancestral comum, que porém
nunca se vai descobrir; pior: é uma hipótese completamente desvinculada da
realidade, da natureza. E até os paleontólogos discordam disso que o
evolucionista PIRULA diz, pois eles fazem especulações com imagens
computadorizadas sobre como eram os “antepassados”, e defendem fortemente o elo
entre as mentiras e o homem moderno (homem de Piltdown, homem de Pequim, homem
de Java, homem neandertal, etc.). Mentiras, sim, porque tais “antepassados” ou
são verdadeiros símios, ou verdadeiros homens.
Mas o GRANDE PIRULA continua: deste
ancestral (que nós nunca saberemos como seria, de que nunca encontraremos
fóssil, porém, mesmo assim, devemos acreditar neste conto de fadas) nasceu uma
linhagem de chimpanzés bonobos e outra de humanos. Daí, para mostrar como se
daria essa evolução gradual nos “humanos”, ele usa outra analogia – péssima,
diga-se de passagem –, por meio de uma mudança de local das diversas linhagens,
usando São Paulo e região; então ele vai caminhando até “Araçatuba” de carro e
diz que, dentro do conhecimento biológico que se tem hoje (como?!) dessa linha
de fêmeas, se ele parasse em Botucatu, seria possível ver criaturas parecidas
com o Australopithecus afarensis, que
tinham uma capacidade craniana parecida com a do chimpanzé, mas já tinham uma
posição totalmente ereta (que dentro da nossa linhagem é o que a caracteriza).
OBS.: não posso deixar de pensar no fetiche
que possuem sobre ser bípede; daqui a pouco passarão a considerar o avestruz
como parente bem próximo do homem, ou o urso, ou a galinha (um bípede implume).
No entanto, a anatomia e a função dos membros superiores nos oferecem elementos
de julgamento mais contundentes para julgar o bipedalismo de um fóssil (algo
mencionado a seguir). Por quê? Porque o homem não usa os membros superiores
para a locomoção, a não ser na mais tenra infância.
Pois bem, quanto ao Australopithecus afarensis, este foi idealizado com base no “joelho
de Johanson”, encontrado por TIM D. WHITE e DONALD JOHANSON em Hadar, na
Etiópia, em 1974[6].
Os vestígios fósseis foram datados em 3,4 milhões de anos. Na Wikipedia (de
tendência ateia), há inclusive uma imagem idealizada deste ente. Mas, se o
próprio GRANDE PIRULA disse que nunca saberíamos como era aquele outro, por que
saberíamos deste com base em somente UM JOELHO?! O certo é que essas projeções são
todas errôneas. Uma revista importante de antropologia dizia: “A partir de um
crânio é absolutamente impossível reconstruir as características de cabelos, de
olhos, de nariz, de lábios, de orelhas, de expressão, etc. É impossível
reconstruir o aspecto do rosto”. E, no entanto, tais fantasiosas reconstruções
se encontram em praticamente todo livro que trate da evolução do macaco ao
homem.
Nesse sentido, o DR. SIMPSON escreveu: “Um paleontólogo prudente fica às vezes horrorizado pelo grau de reconstrução a que se entregam os antropólogos, alguns dos quais parecem demasiado dispostos a reconstruir um rosto a partir de partes de um crânio, ou um crânio a partir de pedaços de mandíbula, e assim sucessivamente. E os piores exemplos disso”, dizia ainda o DR. SIMPSON, “aparecem nas publicações destinadas justamente ao grande público”. O DR. SIMPSON ainda acrescenta que a “reconstrução de bestas extintas, baseando-se apenas em ossos fósseis, é sempre problemática”[7]. Por sinal, este vídeo, que é para o grande público (com, infelizmente, mais de 250 mil visualizações), aos 50min17seg comete o mesmíssimo erro apontado por Dr. SIMPSON, como se vê na imagem a seguir. Aliás, chama a atenção que ele refira “subespécies”, ainda que neste mesmo vídeo ele clame que não há definição de espécie!
Ademais, sobre essa ligação que o GRANDE
PIRULA tenta idealizar, saindo de São Paulo e indo a Araçatuba, um famoso
anatomista britânico muito prestigiado, SOLLY ZUCKERMAN, escreve o seguinte[8]:
“Os parentescos inferidos com base na anatomia comparada não necessariamente
correspondem a verdadeiros parentescos genéticos. As inferências
evolucionistas, ou seja, tais parentescos, que baseamos em comparações
estruturais, são, em última instância”, diz este que foi um evolucionista, “tão
somente especulações”. O DR. CLARK, conhecido e famoso antropólogo da
Universidade de Oxford, disse: “Na avaliação de afinidade genéticas, as
diferenças anatômicas são mais importantes como evidência negativa do que as
semelhanças o são como evidência positiva”[9].
Agora, sobre a questão da “posição
totalmente ereta”, o DR. CHARLES OXNARD, anatomista da Universidade de Chicago,
criou um método para analisar a suposta evidência morfológica em favor da
postura ereta e do andar bípede dos australopitecos. Aplicando, então, este
método aos estudos dos restos dos membros inferiores e da pélvis dos
australopitecos, este doutor demonstrou que tais ossos têm uma morfologia
claramente diferente da morfologia do homem e que tende em direção à morfologia
do orangotango[10].
A análise do astrágalo do australopiteco de Crondais indica um pé com
capacidade preênsil e que difere do de um humano em maior medida do que difere o
do astrágalo do dos macacos atuais. Ao contrário, a análise multivariada de
restos fósseis mais antigos que os australopitecos indicam uma forma muito
semelhante à dos humanos e muito diferente da dos australopitecos. O que isto
significa? Significa que anteriormente aos australopitecos havia criaturas com
ossos muito parecidos com os nossos, muito provavelmente verdadeiros homens,
autores dos instrumentos de pedra encontrados junto aos restos de alguns dos
australopitecos.
Mas não é só isso: o homem jamais usa os
membros superiores para locomoção, a não ser na mais tenra infância, razão por
que a informação sobre a anatomia e a função dos membros superiores nos
oferecerá elementos de julgamento mais contundentes para julgar o bipedalismo
de um fóssil. Baseando-se nesta premissa, o já referido especialista analisa
com o referido método multivariado os restos de uma omoplata – que é o osso do
ombro – de certo australopiteco e conclui que não se assemelha de modo algum à
omoplata do homem, sugerindo que sua forma indica que se trata de um animal
capaz de balançar-se nos galhos de maneira ainda mais efetiva do que o faz o
atual orangotango.
E o que dizer da famosa australopithecus LUCY? Como diz o DR.
LEGUIZAMÓN, este é o nome artístico do último elo intermediário achado. A
fundamentação acerca do caráter bípede da LUCY pode ser sintetizada da seguinte
maneira[11].
O primeiro informe científico sobre LUCY aparece na revista britânica Nature, em março de 1976[12],
não indicando que qualquer parte do esqueleto de LUCY mostrasse evidência de
bipedalismo. No entanto, infere-se, sabe-se lá como, que esta caminhava ereta
porque um joelho supostamente bípede, encontrado oitenta metros abaixo, era
parecido com o joelho de LUCY. Em dezembro de 76 (9 meses depois), o fêmur de LUCY
mostra sinais de bipedalismo justamente na parte que está severamente esmagada.
Em janeiro de 79, porém, não se diz uma palavra sobre o fêmur de LUCY, o qual,
em 76, era a única evidência de seu caráter bípede; agora a evidência de
bipedalismo estaria na pélvis, que antes, porém, não tinha sido absolutamente
mencionada. E, por fim, com respeito à avaliação acerca do joelho de 1973,
remete-se o leitor a um trabalho nunca publicado. Difícil não acreditar que
LUCY não seja uma farsa.
Prossigamos com a análise do vídeo. Então PIRULA
continua a “andar” até parar em Bauru, onde seriam vistos indivíduos mais
altos, fêmeas mais altas, que seriam parecidas com o HOMO ERECTUS. Ou seja, para
PIRULA, já tinham um aspecto bastante humano, já seriam reconhecidos como seres
humanos, mas não tinham uma capacidade craniana como a nossa. E daí ele
continua até o HOMEM DE NEANDERTAL, que é “o nosso primo mais próximo”...
OBS.: ele o chama de primo por semelhança
genética. Mas temos semelhança genética de 50% com uma banana. Isso não é
medida de “parentesco”. Inclusive, um paleontólogo chamado CAMILLE ARAMBOURG
defendeu com unhas e dentes que nós éramos descendentes do HOMEM DE NEARDENTAL,
caçoando da metafísica tal como o faz o GRANDE PIRULA. No entanto, tal
descendência foi totalmente invalidada (o erro era tão grotesco que não o poderiam
permitir), mostrando que o desconhecimento da metafísica só tem como
consequência a ignorância do ente e a aceitação deste conto de fadas gnóstico que
é o darwinismo.
Na sequência, diz ele que, fazendo esse
caminho de carro, nunca se saberia dizer quando uma espécie se tornou a outra,
porque você estaria vendo mulheres extremamente parecidas tanto com suas mães
quanto com suas filhas. Não houve surgimento de um monstro bizarro que fosse completamente
diferente do seu pai ou da sua mãe, e se tinha ali uma sequência que com o
tempo você vai vendo ficar cada vez um pouquinho mais diferente que a outra. E
é basicamente isso que os paleontólogos possuem: eles não têm um registro
completo; têm só essas amostras de cada uma das cidades com as distâncias bem
calculadas entre elas, e então você acaba tendo a impressão errônea de que são
espécies extremamente diferentes. (Pausa...)
OBS.: aqui há uma clara tentativa de
mostrar que não há diferença entre o macaco de “milhões” de anos e o homem
moderno, porquanto teria havido uma evolução gradual até isso que temos
atualmente. No entanto, com efeito, não há mudança essencial entre os homens,
mas sim acidental, ou de raças. Não são subespécies, mas meros acidentes que
não mudam o homem substancialmente. Ademais, conquanto PIRULA não o tenha
comentado no vídeo, faltam elos entre essas gerações que ele quis fazer aparecer
na viagem de carro que existem e foram encontrados. Mas é um elo perdido que
continua perdido! A contradição acerca disso já foi mostrada anteriormente,
quando se falou acerca dos fósseis e de como os darwinistas mais inteligentes
tendem a rechaçar a utilização dos fósseis. Além disso, essas “distâncias bem
calculadas” dizem respeito, provavelmente, aos métodos de datação. Falemos um
pouco disto.
Com efeito, o método de datação largamente
empregado pelos evolucionistas é o carbono 14, o qual foi criado pelo Dr. WILLARD
F. LIBBY em 1947[13].
Tal sistema se erigiu sobre duas suposições: 1) que a velocidade de produção de
carbono-14 na atmosfera devida aos raios cósmicos seria igual à sua velocidade
de desintegração na matéria viva, na matéria vivente, com um valor de 16,0
dpm/g, e; 2) que se chegou a este
equilíbrio há muitas épocas, com o que toda matéria de entes perecidos
datáveis por radiocarbono possuía esta mesma atividade quando pereceram, ou
seja, 16,0 dpm/g. Então as taxas constantes ou pelo menos previsíveis de
desintegração são o cerne mesmo, a coluna vertebral mesma da datação
radiométrica. Conquanto o próprio LIBBY tenha admitido depois que a velocidade
de produção estaria antes próxima de 19,0 dpm/g, o fato é que existem diversas
pesquisas que mostram que tal taxa não é constante. Por sinal, é interessante
pensar que os evolucionistas, que são relativistas e subjetivistas (não há
espécie, tudo muda, tudo é relativo, etc.), precisam de uma constante, algo
absoluto, para comprovar seus milhões de anos.
Já o Dr. LIBBY, outro químico de Tenessee,
cujo nome era Dr. JOHN L. ANDERSON, descobriu que tal taxa de decaimento do
carbono 14 não era tão constante assim[14]
[15]
[16].
Alguns cientistas descreveram os dados propostos pelo DR. ANDERSON como “cuidadosos”
e “científicos”, mas não quiseram endossar as conclusões; como sucede, é claro,
com todos os novos achados que vão contra as teorias clássicas, há ceticismo
quanto a eles, mas, até agora, não houve nenhuma efetiva resposta ao resultado
do DR. ANDERSON. Até o DR. LIBBY foi consultado naquela época[17]
e afirmou que “quebrou a cabeça sobre o que estava ocorrendo com esses dados”,
e que isso era “uma situação muito mais complicada do que aparentava ser de
início”; ele sugeriu que tais dados eram fatores realizados pelo homem, os
quais poderiam explicar a discrepância, mas ele mesmo admitiu que não podia
acertar. São palavras do próprio Dr. LIBBY! Mas, atualmente, outros vários
estudos científicos endossam a falta de constância. Ao que tudo indica, as
hipóteses apontam para dois aspectos: primeiro, a onda de neutrinos que bombardeou
e bombardeia a Terra; segundo, os mecanismos de defesa do planeta.
De fato, JENKINS e FISCHBACH[18]
chegam à conclusão de que as taxas de decaimento nuclear podem variar com a
distância entre a Terra e o Sol (tal conclusão ficou conhecida como efeito
Jenkins-Fischbach): quando o Sol está mais próximo da Terra (em janeiro), a
taxa de decaimento aumenta; quando a Terra está mais longe do Sol (em julho), a
taxa de decaimento se reduz. Por sinal, SANDERS[19]
comenta que o valor preciso de qualquer valor dado de “meia-vida” de qualquer
isótopo instável – incluindo o C-14 – deve agora ser considerado como duvidoso,
uma vez que o efeito Jenkins-Fischbach implica que já não podemos ver a taxa de
decaimento de um isótopo como intrinsicamente governada e, portanto, uma constante
da Natureza. Outro fato que pôde ter impactado na quantidade de radiação que bombardeou
a Terra são as explosões das supernovas[20]
e até de cometas.
No caso dos cometas, inclusive, verifica-se
que a incidência deles na Terra pode causar um aumento no radiocarbono (carbono
14). LIU et al.[21],
ao analisar corais no mar ao sul da China e verificar um aumento abrupto no
carbono 14, comentam que tais anomalias coincidem com a colisão histórica de um
cometa na atmosfera da Terra em 17/JAN/773, e alertam que tais entradas
de carbono 14 na Terra por cometas devem ter contribuído para a variação desse elemento
ao longo da história do planeta, e que isso deveria ser considerado com cuidado
para melhor restringir a flutuação dos raios cósmicos. FLORIAN et al.[22]
expandem a verificação desse aumento abrupto citado anteriormente e também considera
outro aumento em 993/4: dizem os autores deste estudo que há consenso quanto a que
o aumento só pode ser explicado por um aumento na produção de carbono 14 na
atmosfera devido a um evento exterior, e que as evidências mostram que isso foi
realizado por eventos solares extremos. Como se vê, a hipótese de que seja
constante é algo muito complicado.
Ainda no contexto da onda de neutrinos que
bombardeou e bombardeia a Terra, é interessante citar um estudo que chama
bastante a atenção, o qual vem sendo realizado há 50 anos por um biofísico
russo chamado SIMON E. SHNOLL[23].
Este trabalho começa, diz SHNOLL, nos anos 1951-6, como uma tentativa de
reduzir “a dispersão de resultados” obtida de medições de máxima precisão da
taxa de hidrólise de ATP numa reação ATPase catalisada pelas proteínas
musculares e enzimas do complexo de actomiosina. No entanto, como aquilo que
foi encontrado por JENKINS, FISCHBACH e outros acerca da variação das taxas de
decaimento radioativo, o trabalho de SHNOLL enfraquece as fundações da ciência
moderna – sobretudo a darwinista, ideológica – e tem profundas implicações
relacionadas com a natureza do universo, e com a realidade e o nosso lugar no
cosmos. Conquanto tenha sido publicado num jornal russo e traduzido para o
inglês, assim como ocorreu com outros estudos, este também foi largamente
ignorado, haja vista que, se for verdadeiro, as implicações serão radicais e de
longo alcance.
SHNOLL e outros estudaram a distribuição estatística
das flutuações na taxa de decaimento de diversos isótopos radioativos, e também
as variações estatísticas nas taxas de reação de diferentes tipos processos
físicos, químicos e biológicos. As então chamadas estruturas finas das taxas de
decaimento e outros processos, plotadas como gráficos, apresentam uma
propagação ou dispersão de dados que a ciência convencional estabelecida
normalmente considera como “ruído” nas medições, algo que eliminar ou
simplesmente ignorar, em vez de estudado. Todavia, com os estudos realizados,
as curvas nos gráficos, que deveriam ser – de acordo com a ciência convencional
– suaves, na realidade são irregulares. Imagine-se a curva como tendo
serrilhados ou dentes em sua superfície, e que, ademais, quanto mais dados são
coletados, mais os serrilhados se tornam distintos e bem marcados. É sinal,
então, de que existe algo ali; há uma mensagem nesta fina estrutura, e deve-se
tentar descobrir o que ela diz.
Mas o trabalho de SHNOLL não termina aí, “somente”
encontrando padrões consistentes e que se repetem na estrutura fina de vários
processos. Surpreendentemente, a estrutura fina de processos muito diferentes e
incrivelmente diversos mostraram correspondência em seus padrões quando medidos
simultaneamente, até em diferentes laboratórios localizados em grandes
distâncias geográficas. Para se ter um exemplo, a atividade beta do hidrogênio
3, a atividade beta do carbono 14, a atividade alpha do plutônio 239, a taxa de
reação do ácido ascórbico (vitamina C) e do diclorofenolindofenol, e o tempo de
reação dos prótons da água, todos mostraram estruturas finas similares (bordas
dentadas semelhantes) quando medidas simultaneamente, ainda que as medições
fossem realizadas em diferentes contextos e usando diferentes técnicas.
Mas a ciência convencional, essa em que o
mesmo PIRULA acredita, não tem respostas para isso; não há explicação
convincente, porquanto tentam tratar como um erro de medição ou uma falta de
entendimento. Como diz SANDERS[24],
ao comentar sobre o carbono 14, mas aqui podendo já extrapolar para os outros
métodos: uma série de “wiggles” na datação claramente não são erros experimentais
ou outros efeitos aleatórios. Na mesma toada, conclui STEFAAN POMMÉ[25],
ao estudar as medições de “meia-vida” dos radionuclídeos: a subavaliação de
incertezas ainda hoje é um problema, principalmente porque o componente de
incerteza aleatória é frequentemente reduzido a erros mínimos e sistemáticos, e
sua propagação em direção à incerteza da meia-vida é mais difícil de
quantificar; isso tem suas consequências no debate científico e consequências
sociais derivadas de técnicas baseadas em radioatividade.
Tal conclusão de SIMON E. SHNOLL se coaduna
com aquilo que é mencionado pelo engenheiro nuclear ROBERT L. WHITELAW. A
constância do carbono 14 em nossa atmosfera depende dos raios cósmicos que
entram na nossa atmosfera a uma mesma taxa. Mas o bombardeamento de raios
cósmicos muda momento a momento, dia a dia, semana a semana; atividades como
manchas ou tempestades solares afetarão a radiação cósmica. Assim, diante
disso, podemos passar agora aos mecanismos de defesa da Terra contra essa
radiação cósmica, os quais também podem impactar na mesma constância da taxa de
decaimento.
Com efeito, como defesas da Terra dos raios
vindos do espaço, podemos citar, por exemplo, o campo magnético que a envolve.
Pois bem, como se sabe, o isótopo radioativo carbono-14 se origina nas camadas
mais altas da atmosfera, como uma consequência da ação dos raios cósmicos. Ademais,
como explica V. BUCHA,[26]
em geral uma diminuição da intensidade do campo causa um aumento no fluxo de
raios cósmicos e também um aumento na produção de carbono-14; maiores valores
do campo têm o efeito oposto. Por sinal, na época em que o
Dr. LIBBY descobriu o método de datação baseado no radiocarbono – em 1955 e
1963 –, não existiam métodos confiáveis para investigar as mudanças no campo
magnético da Terra, e, assim que um método foi criado, verificou-se que, pelas
medições das amostras dos últimos 8.500 anos de diversos países, a intensidade
do campo magnético variou de meia a uma vez e meia; por causa disso, a asserção
anterior acerca da intensidade do campo magnético da Terra estava errada.
Existe, portanto, influência do campo magnético da Terra em mudanças temporais
da radioatividade do carbono-14.
Em artigo mais recente, publicado no ano de
1998, V. BUCHA e V. BUCHA JR. tratam da força geomagnética na mudança climática[27].
De acordo com os dados coletados, os resultados obtidos contribuem também para
o estudo da ocorrência de mudanças cíclicas de longo prazo que foram observadas
tanto na atividade solar e geomagnética e na temperatura T como no radioativo carbono-14,
e têm tendência semelhante. Como conclusão, os resultados parecem implicar que
o aquecimento global pode ser desacelerado nas próximas décadas. Segundo eles,
isso justifica tirar conclusões de que também este ciclo está em conformidade
com as mudanças de temperatura e de carbono-14 e, consequentemente, com a
atividade solar e geomagnética. E ainda, mais recentemente, um artigo publicado
em 2011, por S. MUFTI, conclui[28]:
1) a atividade geomagnética pode ser um possível elo através do qual a
atividade solar pode influenciar o clima da Terra; e 2) o Sol tem um papel
significativo que desempenhar nas mudanças climáticas de longo e de curto
prazo. Interessante, não? Além de verificar que não existe tal constância no
carbono-14, como alguns mencionam atualmente, também mostram que o aquecimento
global provavelmente será reduzido (diferentemente do que diz a pseudociência
moderna).
Dessa forma, como mostrado anteriormente
com diversos e diversos artigos científicos, a ação dos raios que impactam a
Terra não é sempre a mesma, ou seja, não é uma constante. Um efeito das
mudanças dos raios cósmicos que afetam a Terra é que os métodos de datação
podem apresentar datas muito maiores. E, somado a isso, ainda existe a
necessidade de “recalibração” do método – método este que não deveria ser
empregado em materiais com mais de 50 mil anos. Em artigo publicado no site
Nature.com, cujo título é “Carbon dating, the archaeological workhorse, is
getting a major reboot”, no primeiro parágrafo comenta-se o seguinte:
“For
the first time in seven years, the technique is due to be recalibrated using a
slew of new data from around the world. The result could have implications for
the estimated ages of many finds – such as Siberia’s oldest modern human
fossils, which according to the latest calibrations are 1,000 years younger
than previously thought” [Pela primeira vez em sete anos, a técnica deve ser
recalibrada usando uma série de novos dados de todo o mundo. O resultado pode ter
implicações para as idades estimadas de muitos achados – como os fósseis
humanos modernos mais antigos da Sibéria, que de acordo com as últimas
calibrações são 1.000 anos mais jovens do que se pensava anteriormente].
Interessante ainda é perceber que o próprio
artigo admite que não é válida uma asserção do método: a de que a quantidade de
carbono-14 é constante no tempo e no espaço:
“But
this basic calculation assumes that the amount of carbon-14 in the environment
has been constant in time and space — which it hasn’t. In recent decades, the
burning of fossil fuel and tests of nuclear bombs have radically altered the
amount of carbon-14 in the air, and there are non-anthropogenic wobbles going
much further back. During planetary magnetic-field reversals, for example, more
solar radiation enters the atmosphere, producing more carbon-14. The oceans
also suck up carbon — a little more so in the Southern Hemisphere, where there
is more ocean — and circulate it for centuries, further complicating things.” [Mas este cálculo básico
assume que a quantidade de carbono-14 no meio ambiente tem sido constante no
tempo e no espaço — o que não é verdade. Nas
últimas décadas, a queima de combustível fóssil e os testes de bombas nucleares
alteraram radicalmente a quantidade de carbono-14 no ar, e há oscilações não
antropogênicas que remontam a um período muito anterior. Durante as reversões
do campo magnético planetário, por exemplo, mais radiação solar entra na
atmosfera, produzindo mais carbono-14. Os oceanos também absorvem carbono – um
pouco mais no hemisfério sul, onde há mais oceano – e o fazem circular por
séculos, complicando ainda mais as coisas.]
Como se pode ver, com todos os problemas já
apresentados (e ainda acrescentando outros, como a contaminação), o método de
datação de carbono-14 possui sérios problemas. Não existe, portanto, aquilo que
PIRULA disse acerca de “distâncias bem calculadas”. Pelos métodos de datação empregados
atualmente para longos períodos, sobretudo o carbono-14, percebe-se que, em um momento,
a distância de São Paulo a Bauru (como ele pintou no exemplo) poderia ser até
Nova York, ou até a China, ou até a Lua, quem sabe?
Voltando ao vídeo de PIRULA, saímos agora
do âmbito da Biologia e entramos no da Filosofia. Pois bem, ele continua a dizer
que só conseguimos nomear as espécies hoje por causa da nossa mente
descontínua, pois só observamos o presente, não observamos o tempo, não observamos
o processo que gerou. Ou seja, pode-se dizer que indivíduos pertençam a esta ou
àquela espécie, mas as espécies NÃO SÃO ESPÉCIES: elas ESTÃO ESPÉCIES. A
espécie galinha não é galinha; ela ESTÁ galinha. E continua ao mencionar que,
se se deixarem tempo e isolamento suficientes, no futuro a galinha vai
transformar-se em outra coisa, e a mesma coisa conosco, e a mesma coisa com
todas as espécies. Ou seja, nós não somos humanos, nós estamos humanos, neste determinado
momento da história, neste período de tempo em que estamos vivos, aqui e agora.
OBS.: isso que ele diz, ao que tudo indica,
faz parte da visão nominalista, que diz que os nomes que damos às coisas são
meros nomes representativos de tal momento. Não é que se está espécie; na
verdade, se se considerar a solução de Heráclito (à qual ERNST MAYR é favorável,
possivelmente sem sequer saber que o era), o próprio PIRULA já não seria nem
ele mesmo. Claro, para a solução sensista – a qual leva em consideração só os
sentidos –, tudo está em constante mudança, meu dedo já não é o mesmo dedo, ou
o rio que eu entro agora não é o mesmo rio daqui há alguns instantes. Como não
há essência, só resta a mudança, e nesse caso a evolução fica fácil, tendo sido
descoberta muito antes de DARWIN (em tempo: verificar o livro O lado negro
de Charles Darwin).
Mas, ao contrário, o realismo mostra
perfeitamente que os nomes que damos às coisas possuem fundamento na realidade.
Com efeito, a razão metafísica profunda é que há uma correspondência
aproximativa entre o mundo da existência e o da essência, entre os fatos e o
direito, entre a experiência e as leis[29].
O universo criado pode ser considerado como uma hierarquia de essências dotadas
de propriedades determinadas e que são potência para o ato de ser. Todo esse
conjunto permanece escondido para nós (ao menos em sua maior parte) e não se
nos revela senão pelo complexo dos fatos concretos e singulares da experiência.
Mas, e é precisamente isto o que legitimará o raciocínio indutivo, esse
complexo de fatos não é sem relações com as determinações necessárias das
essências e de suas propriedades.
As causas agem cada uma conforme sua
natureza e, na maioria dos casos, produzem os mesmos efeitos no mundo da
experiência. A constância das relações, no plano dos fatos, pode, portanto, ser
interpretada como signo de uma necessidade de direito, correspondente ao plano
das naturezas. Há, assim, possibilidade de remontar dos fatos da experiência às
determinações necessárias que são a causa formal deles.
Dessa forma, é por isso mesmo que eu sou
capaz de ler um livro, porque minha essência – animal racional – é a causa
formal disso. Um burro, por outro lado, não seria capaz de ler um livro, até
porque ele não possui isso em potência na sua essência. E também é pelo mesmo
motivo que do cruzamento de uma pulga com um elefante não veríamos um animal
bizarro; é justamente por causa da essência. Com efeito, quando eu digo “cachorro”,
desta compreensão que tenho na realidade sobre tal substância consigo abstrair
uma propriedade que é universal, e concluir que há várias substâncias que são
também cachorros; e mais: sei que deste cachorro e daquela cadela nascerá um
cachorrinho. Nem mesmo milhões de anos de distância farão que mudanças
acidentais modifiquem a forma substancial da coisa. Assim, uma galinha não se vai
transformar em outra coisa. Negá-lo é ir contra o princípio da causalidade, pois
nada dá aquilo que não tem. A variação de uma galinha para outra é acidental,
não tem nada que ver com transformação do macaco para o homem, esta, sim,
substancial. Ademais, “tempo e isolamento suficientes” = jamais fariam uma
espécie perder sua forma substancial.
Na continuação do vídeo, PIRULA passa a
falar das gaivotas. Daí volta à questão da definição da espécie, mencionando a
reprodução (contradizendo-se, porquanto havia dito que não seria possível
definir espécie, etc.). Então passa aos lobos e aos cães.
OBS.: mas estes não são de espécies
diferentes, e sim da mesma espécie, não só porque os cães, quando são deixados
sozinhos, acabam comportando-se da mesma maneira que os lobos (uivam, são
ferozes, etc.), mas procriam natural e fertilmente com lobos. Quanto ao homem e
aos macacos, às vezes se vê um homem com “traços” mais rudimentares, digamos
assim, tendendo mais para o bruto, como nas pessoas com a doença da acromegalia
(aquela que possui o lutador PEZÃO, do UFC, por exemplo); mas jamais foi visto
um macaco com traços humanos. Mas o que se diz aqui é tão somente que a
acromegalia produz traços bestiais de forma secundária. Justamente aquilo que aconteceu com os
primitivos achados do Homem de Neandertal, em que, precisamente, deformidades
ósseas causadas por doenças como o raquitismo e a artrite podem provocar o
surgimento de traços simiescos; basta recordar que foram interpretadas como
indicativas de uma postura semiencurvada, própria de uma criatura semibestial,
intermediária entre o homem e o macaco.
Nesse sentido, ARTHUR CUSTANCE[30]
assinala em relação ao homem de Neandertal, e em contraposição a tais
suposições evolucionistas, o papel decisivo que teria tido um esforço
mastigatório excessivo, secundário a uma dieta carnívora crua, ou seja, de
carne crua, por exemplo, no aumento da mandíbula e no achatamento da testa com
proeminência dos arcos superciliares devido à tração exercida, neste âmbito,
pelos músculos da mastigação. O fato de ter de rasgar a carne com os dentes, na
ausência de utensílios associados à civilização, também poderia explicar a
procedência do prognatismo, ou seja, o maxilar avançado, outro traço bestial.
Outro paleontólogo, ERIK TRINKHAUS, este da Universidade de Harvard, sugere que
grande parte da anatomia facial dos neandertais poderia ser explicada pelo fato
de absorver o grandíssimo esforço de mastigação imposto pelas potentes
mandíbulas. Ou seja, os traços de algum modo bestiais ou simiescos de alguns
neandertais podem ser suficientemente explicados sem que se recorra a nenhuma
suposta vinculação genealógica com os macacos, com os símios ou com outros
animais, e sim como resultado de doenças e de circunstâncias, digamos,
históricas adversas.
Depois, PIRULA passa para os ligres, e
tenta dizer que tigre e leão seriam de espécies diferentes, pois possuem
características diferentes, como o tigre ser solitário, e o leão, por outro
lado, não.
OBS.: então duas pessoas, uma introvertida
e outra extrovertida, incrivelmente seriam de espécies diferentes. Um absurdo
tão grande quanto o próprio darwinismo.
Mais à frente aparece uma parte
interessante, pois se faz um ataque ao ESSENCIALISMO:
“Sabe, do Platão, do Aristóteles, eu
comentei isso no meu vídeo Criacionismo II, em que existe uma essência
elementar, física ou idealizada (depende aí se era Platão ou Aristóteles), que
determinaria o que é uma espécie, que faria cada espécie como sendo uma coisa
única. Então a definição de espécie do [CARL] LINEU, que é o pai da taxonomia,
deixa isso muito claro: espécie é a entidade mais particular da diversidade.
Possui características essenciais e
próprias, e características facultativas que podem variar. Ou seja, cada
espécie possui uma essência, né? Uma natureza intrínseca própria que faz que
ela seja como ela é. Essa essência, segundo LINEU, seria imutável e universal,
ou seja, ela é compartilhada por todos os indivíduos que pertencem à mesma
espécie, e por nenhuma outra. Aceitar que cabras e ovelhas, por exemplo, ou
gatos e cachorros, tenham o mesmo ancestral em comum, quebra com a ideia de
essencialismo. Mas sabe por quê? Porque ESSÊNCIA NÃO EXISTE [ênfase neste
trecho]”.
OBS.: mais uma vez extrapolando do campo da
Biologia para o da Filosofia... Pois é: não há essência, não há características
próprias. Nós vemos macacos fazer barcos, relógios, a Internet, computadores e
naves espaciais por aí. Vemos pulgas do tamanho de elefantes, e baleias do
tamanho de carrapatos. E também, se cruzarmos PIRULA com uma pulga, teremos um
PIRULGA. Mas, brincadeiras à parte, ele claramente é nominalista (sem saber que
o é). Mas tudo isso é possível, pois, como diz o GRANDE PIRULA, não há
essência, não há espécie: ESTAMOS espécie.
Na continuação, ele reclama de um vídeo dos
defensores do design inteligente:
“E eles entrevistam um professor lá que
fala exatamente isso. Ele fala: como que a evolução pode ser verdade, se os biólogos
e os pesquisadores não conseguem nem definir o que é uma espécie, que é o
elemento básico que daria toda a origem da coisa, não sei o que. Na verdade,
não é que a gente não sabe definir, a gente sabe definir espécie, o problema é
que existem várias definições que concorrem dependendo de qual é o tipo de
aplicação que você quer dar”.
OBS.: mas o próprio GRANDE PIRULA disse ser
impossível definir espécie. Todavia, o que ele quer apresentar é que, de acordo
com o campo de estudo, o termo “espécie” seria definido de maneira diferente.
Adiante, fica mais perceptível o
nominalismo do GRANDE PIRULA:
“Exatamente porque a evolução é verdade,
exatamente porque a evolução é um fato científico, [é] que a gente não consegue
separar as espécies. Se tudo tivesse sido criado de maneira estanque, como eles
gostam de dizer, por um Deus, enfim, qualquer outra inteligência, seria muito
fácil pra gente definir o que é uma espécie. O problema é que isso não
aconteceu. Se a gente conseguisse determinar isso, seria ponto para o
criacionismo. Só que isso não é o que a gente enxerga no mundo natural, de quem
realmente estuda isso aí. Muito pelo contrário, a gente enxerga uma dificuldade
de separar algumas espécies, exatamente porque espécies são unidades de
conveniência, elas são usadas por nós, nós temos a necessidade de criar
definições pra espécie, pra que a gente consiga trabalhar com elas, pra que a
gente consiga juntar tudo num grupo só e nomear aquilo lá de uma maneira mais
fácil. [...] Então espécie, apesar de espécie não ser um termo natural, como eu
falei, apesar de eu ser um indivíduo da espécie humana, a espécie humana como
um todo está humana, ela não é humana, então a gente precisa definir o que é
espécie para que a gente possa estudar a diversidade atual. [...] Então a
espécie é um termo prático, então hoje a gente precisa dar um título para essa
população justamente pra preservá-la para, no futuro, ela se transformar em
outra espécie”.
Por fim, ele diz que há mais de 30
definições de espécie. E cada cientista usa uma definição diferente porque
depende da maneira de trabalhar.
OBS.: mas, como diz Aristóteles, é preciso
dar uma definição a partir daquelas noções que são as mais conhecidas em termos
absolutos, pois só assim será possível dar uma definição que seja sempre uma e
a mesma. Caso isso não ocorra, temos o problema do próprio evolucionismo
darwinista, que uma hora diz que é impossível dar uma definição, e outra hora
diz que tal é possível (havendo porém características acidentais dos animais
que fariam diferença, como o tigre solitário ou o leão amigável) ou que existem
30 definições.
Depois, de acordo com PIRULA, os pontos comuns a
todas essas definições são os seguintes:
1.
Todo
ser vivo que existe ou já existiu precisa pertencer a uma espécie;
2.
Se
não se reproduzem entre si, são de espécies diferentes, mas não porque reproduzem
entre si descendentes férteis que são da mesma espécie. Então, se duas
populações não conseguem gerar descendentes férteis entre si, elas são,
obviamente, de duas diferentes espécies. Porém, se elas conseguem descendentes
férteis entre si, não necessariamente são da mesma espécie;
3.
Espécies
diferentes podem não apresentar diferenças visíveis (são chamadas “espécies
crípticas”), e o oposto também é verdadeiro: pode-se ter a mesma espécie com
muitas diferentes variedades (chamadas polimorfias; como a diferença entre
macho e fêmea, a larva e o adulto);
4. Uma espécie precisa, obrigatoriamente, que todos os seus indivíduos sejam descendentes de um ancestral comum, e que essa linhagem seja fruto de alguma cladogênese (ou seja, de algum isolamento), ou até de algum hibridismo (duas linhagens que se juntaram). Ou foi por causa de uma população que se separou, ou foi por causa de duas populações que se juntaram, porque, se se levar em consideração só a anagênese, ou seja, só a mudança da espécie no decorrer do tempo sem a cladogênese ou sem a fusão, então tecnicamente é a mesma espécie.
Depois de muita conversa, PIRULA então traz algumas definições de espécie (transcrevo-as literalmente conforme ele mostra em seu vídeo):
·
Sneath
& Sokal, 1973 (Escola Fenética): espécie é o agrupamento menor e mais
homogêneo que pode ser reconhecimento e distinto de outros agrupamentos;
·
Templeton,
1989 (Conceito de Coesão): espécie é a população mais inclusiva de organismos
tendo uma coesão potencial, através de mecanismos intrínsecos de coesão;
·
Van
Valen, 1976 (Conceito Ecológico): espécie é uma linhagem que ocupa uma zona
adaptativa minimamente diferente daquela de qualquer outra linhagem e que
evolui separadamente dessas outras linhagens;
·
Willey,
1981, modificado de Simpson, 1961 (Conceito Evolutivo): espécie evolutiva é uma
única linhagem de população ancestral e seus descendentes, que mantém sua
identidade em relação a outras linhagens, e que possui suas próprias tendências
evolutivas e destino histórico. Depois de mencionar a definição, PIRULA tece
algumas críticas aos termos “tendências” e “destino”; diz ele que “é uma coisa
quase metafísica. Como que você vai determinar uma tendência evolutiva ou um
destino histórico? Não sei, é bastante bizarro usar isso daí. Isso recupera
praticamente aquela teleologia aristotélica, que foi quebrada depois de séculos, que demorou tanto para ser
quebrada, que não faz o menor sentido
frente à natureza que a gente observa”;
·
Rosen,
1979 (Conceito Cladístico): espécie é uma população ou grupo de populações
definido por uma ou mais características apomórficas;
• Cracaft, 1989: espécie é um grupo irredutível de
organismos diagnosticamente distintos de outros grupos e no qual existe um
padrão de ancestralidade e descendência.
E assim, para fechar com chave de ouro, vem PIRULA, com toda a sua agudeza, definir espécie da seguinte maneira: “é o que o taxonomista disse que é”.
OBS.:
GENIAL! Digno de um grande evolucionista darwinista ateu! Isto me faz
lembrar a crítica de CYRIL DARLINGTON: “O darwinismo começou como uma teoria
que poderia explicar a evolução por meio da seleção natural, e terminou como
uma teoria que pode explicar a evolução como alguém mais gosta”[31].
E PIRULA, na continuação, acrescenta: desde
que ele [o taxonomista] siga aquelas regrinhas que ele citou anteriormente:
todo o mundo consegue reproduzir-se; todo indivíduo tem de vir do mesmo
ancestral comum exclusivo; derivados de uma cladogênese (ou hibridismo). Então
ele conclui: “É muito possível que espécie de verdade não exista. Que seja só
uma necessidade humana de compartimentar e de dividir a biodiversidade e as
coisas que existem no mundo, dar nomes para as coisas. Hoje, perceptivelmente a
maior preocupação dos cientistas não é definir espécies (inclusive porque é
possível que nem exista), e sim entender a história genealógica dos seres
vivos, e na ponta dos ramos vão os táxons, vão os indivíduos ou os grupos de
indivíduos que a gente pode, seguramente, associar como sendo uma coisa só,
como sendo semelhantes. Se esse agrupamento constitui uma espécie, ninguém sabe
dizer. E pra cladística, que tem regido o paradigma atual, isso nem faz
diferença”.
OBS.:
essa sua conclusão põe abaixo tudo aquilo que ele mesmo disse. Se na ponta dos
ramos “vão os indivíduos ou os grupos de indivíduos que a gente pode,
seguramente, associar como sendo uma coisa só, como sendo semelhantes”, então
essas são justamente as espécies. Mas PIRULA, com seu nominalismo (que ele nem
sabe o que é, além de que nem sabe que ele mesmo é nominalista), se continuar
na mesma toada, jamais conseguirá compreender por que isso é uma imensa
contradição. E aqui termina a descrição do vídeo.
Para
terminar este texto, uma conclusão mais remota a que se pode chegar é que os
evolucionistas darwinistas tendem até a acreditar na geração espontânea. E não
é só isso: eles também são mecanicistas, pois acreditam que os aminoácidos, as
proteínas, as proteínas para a vida, as células, o DNA, etc., tudo isso se gerou
espontaneamente, como engrenagens separadas, que depois foram “arranjadas” ao
acaso nas criaturas, como aquilo dito por EMPÉDOCLES. Mas estas, ao contrário
do que eles pensam, são todos substanciais completos, nos quais as partes se
ordenam ao todo. O que eles fazem, portanto, é tornar o acaso uma espécie de
deus, até porque, nas palavras de GEORGE SIMPSON, eminente evolucionista[32]:
“O homem é o resultado de um processo sem propósito e natural, que não o
possuía em mente”. Não vemos fósseis intermediários, não vemos órgãos
diferentes nem em locais diferentes do corpo (evolução gradual, lembra-se?),
nada, mas o homem e as espécies não possuem um propósito, um fim; “aquela
teleologia aristotélica”, diz PIRULA, “foi
quebrada depois de séculos”. Ô se foi!
Em verdade, se o finalismo (“teleologia”)
aristotélico foi quebrado, então tudo é obra do acaso; não há terceira possibilidade.
Permitam-me, por gentileza, usar de respeito para com o Acaso, com ‘A’
maiúsculo, pois sei que é um deus para vocês, caros darwinistas. Dessa forma, o
Acaso é o primeiro motor imóvel, é causa eficiente do mundo e de todas as
coisas, é aquilo absolutamente necessário, a causa do ser dos demais (estes
demais que estão em constante mudança, de modo que eu já não sou eu mesmo,
porquanto “estou espécie” ou “tudo muda”) e, ainda, causa que conduz todas as
coisas ao... Acaso. Claro! Não será aos seus próprios fins. Por óbvio, será do Acaso
ao Acaso: se eu jogo uma taça de vidro no chão, é somente devido ao Acaso que
ela continuará a ser de vidro, mas também pelo Acaso ele poderia transformar-se
em ouro, algo vivo, num buraco negro, no próprio PIRULA ou até no mesmo Acaso.
E
é incrível como algo muito semelhante a uma ideologia (aliás, Hitler era
favorável a Darwin e a suas teorias) é tão alardeado pelo mundo, como se fosse
uma ofensa a Deus – perdoe-me, ao Acaso – ser contrário a tal mentira
darwinística. Mas, como diz Von Bertalanffy (criador da teoria sistêmica):
“O
fato de que uma teoria tão vaga, tão insuficientemente demonstrável, tão
estranha aos critérios que frequentemente se aplicam nas ciências empíricas, se
tenha convertido em um dogma não é explicável senão com argumentos
sociológicos. A sociedade e a ciência se têm empapado tanto das ideias do
mecanicismo, do utilitarismo e da livre competência econômica que a seleção tem
substituído a Deus como realidade última [final]”.
[1]
Ernst Mayr. “Chapter 25. Darwin’s Five Theories of Evolution”.
The Darwinian Heritage.
[2]
James Mallet. “Mayr’s view of Darwin: was Darwin wrong about
speciation?”. Biological Journal of the Linnean Society, 95(1), 3–16. 2008.
[3]
George G. Simpson. “The Major Features of Evolution”. Columbia
U. Press, 1953, pág. 360.
[4]
David Kitts. “Paleontology and Evolutionary Theory”.
Evolution, 1974, 28:467.
[5]
Mark Ridley. “Who doubts evolution?”. New Scientist, Vol. 90,
25 de Junho de 1981, pág. 831.
[6] Donald Johanson e T. White. “A Systematic Assessment of Early African
Hominids”. Science, Vol. 203 Nº 4378, pág. 321. 1979.
[7]
George G. Simpson. Simple Curiosity. “Letters from George
Gaylord Simpson to His Family”, 1921-1970. Léo F. Laporte, Ed. University of
California Press, Berkeley, CA, 1988.
[8] Solly Zuckerman. “Beyond the Ivory Tower”. Taplinger, N. York, págs. 64
e 74. 1971. Citado por Raul Leguizamón, “Fósiles
Polémicos”, pág. 5.
[9] Wilfrid Le Gros Clark. “Early Forerunners of
Man”. 1934. Citado por Raul Leguizamón, “Fósiles Polémicos”, pág. 5.
[10] Charles Oxnard. “The place of the australopithecines in human
evolution: grounds for doubt?”. Nature, Vol. 258, pág. 389. 1975.
[11]
Raul Leguizamón. “Fósiles polémicos”, pág. 32, citando William
Gregory. “Hesperopithecus Apparently Not an Ape non a Man”. Science, Vol. 66,
Nº 1720 (dic. 16, 1927) pág. 579, citado por Davidheiser, B. obra mencionada, pág.
348.
[12] Donald Johanson e M. Taieb. “Plio-Pleistocene hominid discoveries in
Hadar. Ethiopia”. Nature, Vol. 26, pág. 293. 25 de março de 1976.
[13] Willard Frank Libby. “Atmospheric Helium Three and Radiocarbon from
Cosmic Radiation”. Physical Review 69 (1946): 671-672.
[14]
J. L. Anderson. “Non-Poisson distributions observed during
counting of certain carbon-14-labeled organic (sub) monolayers”. Phys. Chem. J.
76: 3603-3612. 1972.
[15]
J. L Anderson e G.W. Spangler. “Serial statistics: Is
radioactive decay random?”. Phys. Chem. J. 77: 3114 - 3121. 1973.
[16]
J. L. Anderson e G.W. Spangler. "Radiometric Dating: Is
the `Decay Constant' Constant?". Pensee, pág. 31.
[17]
https://www.nytimes.com/1971/03/30/archives/chemist-queries-an-atomic-theory-rates-of-radioactive-decay-are.html. Acesso em 26/AGO/2021.
[18] Jere H. Jenkins, Ephraim Fischbach. “Perturbation of nuclear decay
rates during the solar flare of 2006 December 13”. Astroparticle Physics,
Volume 31, Issue 6, 2009, Pages 407-411.
[19] Alvin J. Sanders. “Implications for C-14 Dating of the Jenkins-Fischbach
Effect and Possible Fluctuation of the Solar Fusion Rate”. 2008.
[20] https://www.mpg.de/11368641/neutrinos-supernovae
. Acesso em 26/AGO/2021.
[21] Liu, Yi et al. “Mysterious abrupt carbon-14 increase in coral
contributed by a comet”. 2014.
[22]
Mekhaldi, Florian et al. “Multiradionuclide evidence for the
solar origin of the cosmic-ray events of AD 774/5 and 993/4”. 2015.
[23]
Simon E. Shnoll. “Cosmophysical factors in stochastic
processes”. 2012.
[24] Alvin J. Sanders. “Implications for C-14 Dating of the
Jenkins-Fischbach Effect and Possible Fluctuation of the Solar Fusion Rate”.
2008.
[25] S. Pommé. “The uncertainty of the half-life”. Metrologia, 52(3), S51–S65.
2015.
[26]
V. Bucha e E. Neustupný. “Changes of the Earth’s Magnetic
Field and Radiocarbon Dating”. Nature, 215(5098), 261–263. 1967.
[27]
V. Bucha e V Bucha. “Geomagnetic forcing of changes in climate
and in the atmospheric circulation”. Journal of Atmospheric and
Solar-Terrestrial Physics, 60(2), 145–169. 1998.
[28]
S. Mufti e G. N. Shah. “Solar-geomagnetic activity influence
on Earth’s climate. Journal of Atmospheric and Solar-Terrestrial Physics”,
73(13), 1607–1615. 2011.
[29]
Henri-Dominique Gardeil. “Iniciação à Filosofia de São Tomás de
Aquino: Introdução, Lógica, Cosmologia”. Paulus
Editora. 2013.
[30] Arthur Custance. "The Influence of Environmental Pressures on the
Human Skull”. Doorway Papers, Nº 9, págs. 11 e 14. Otawa, 1957.
[31]
C. D. Darlington. “The Origin of Darwinism”. Scie. Am., 200:5, pág.
60. Maio de 1959.
[32]
George Gaylord Simpson. “The Meaning of Evolution, revised
edition”. New Haven: Yale University Press, pág. 345. 1967.