Será que lendo estas palavras do Papa Inocêncio III os católicos que se deixam envolver em discussões tão liberais e tão tolas como voto impresso versus voto eletrônico entenderão, por fim, que ou as nações se porão sob o estandarte de Cristo Rei ou, com voto impresso ou com voto eletrônico, sob Bolsonaro ou sob Lula, não deixarão de ser carniça para os demônios?
Com efeito, escreveu o grande Papa nas Bulas Venerabilem Fratrem,
Vergentis in Senium e Sicut Universitatis: “É dogma de fé que
Jesus Cristo possui autoridade soberana sobre todas as sociedades e sobre todas
as gentes que as compõem; e que, portanto, as sociedades, em sua existência e
em sua ação coletiva, e os mesmos indivíduos, em sua conduta privada, estão
obrigados a submeter-se a Jesus Cristo e a observar suas leis; e à Igreja
Católica Apostólica Romana, pois é de Roma que o Sumo Pontífice apascenta o
rebanho de Cristo. À Igreja Católica Romana, porque esta sagrada instituição
carrega em si própria o ideal [...] do Reinado do Nosso Senhor, expandindo-o
sobre todas as potestades (Sl 72, 11), sobre ‘gregos e judeus (Rm 10, 12)’, de
uma extremidade a outra do mundo, até que a voz do Anjo que toca a última
trombeta e a voz da Igreja sejam uma só, como nos disseram os Profetas e os
Apóstolos: ‘E, quando o Sétimo Anjo soou a última trombeta, trovejaram nos céus
grandes vozes que bradaram: os reinos deste mundo caíram diante de Nosso Senhor
Jesus Cristo e Ele Reinará para sempre’ (Ap. 11, 15); e ‘Todo joelho
dobrar-se-á e toda língua professará que Jesus Cristo é o Senhor dos senhores
pelos séculos dos séculos’ (Rm 14, 11; Fl 2, 11; Is 45, 23)”.
Vejam bem, senhores católicos liberais, liberal-conservadores ou liberal-tradicionalistas: é de fé a necessidade do reinado social de Cristo.