Carlos Nougué
Tanto no livro Do Papa
Herético como em “As Diversas Correntes na Igreja Atual” (https://www.estudostomistas.com.br/…/as-diversas-correntes-…)
insisto na crítica do Pe. Álvaro Calderón ao “tradicionalismo crítico”, dando-lhe embora desdobramentos por que sou inteiramente responsável. Mas a suma
importância desta crítica ressalta quando estamos diante de algo como o vídeo cujo
link dou abaixo, do Pe. Gregory Hesse. Elevando
ao escândalo neste vídeo o “tradicionalismo crítico”, esse Padre de origem
austríaca (já falecido), considerado por não poucos como importante porta-voz
da tradição em face do Concílio Vaticano II, julga-se no direito de julgar o
magistério autêntico da Igreja, incluindo o magistério infalível. Partindo de
uma suposta “falibilidade dos Papas”, e entre outras barbaridades, diz Hesse
que Pio IX errou no ponto 42 da Ineffabilis Deus (a Bula da definição da
Imaculada Conceição!) e que a Bula Unam Sanctam, de Bonifácio VIII, é
herética (!). Une-se assim ao coro dos que detratam este papa e negam,
hereticamente, a doutrina da Realeza de Cristo. Mas a Bula de Bonifácio VIII,
além de ter caráter solene, está perfeitamente alinhada, por exemplo, com a
Epístola Duo sunt (de São Gelásio I), com a Encíclica Sicut
universitatis (de Inocêncio III), com a Encíclica Immortale Dei (de
Leão XIII), com o lema do pontificado de São Pio X (“Instaurar tudo em
Cristo”), com a Encíclica Quas primas (de Pio XI). Trata-se, pois, ao
menos, de magistério ordinário infalível.
Ou
seja, com tradicionalistas assim, para que necessitamos de modernistas?
https://www.youtube.com/watch?v=90aWxkNR3Bs&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3wtRH903vzK3kQDBelGmPV52iBw0gfxquC-x1cSol962kgLJhB42iPJ_Q