terça-feira, 14 de março de 2017

Evolución y el planeta neocatólico de los simios [Parte I]


14/03/17

Solíamos ser monos. Ahora bien, es cierto que la ciencia no confirma aún esa teoría, así que tendrás que aceptarla ciegamente. Pero al menos la Evolución no es una superstición y un mito absurdo. ¡No, es una superstición y un mito mortalmente serio, esto te lo puedo decir!

Cómo la fallida teoría de la evolución ha derribado el relato del Génesis sobre la Caída con la ayuda de sus facilitadores católicos.

Nota del editor: Con cierta frecuencia, animamos a los visitantes de nuestro sitio web Remnant a suscribirse a The Remnant. La razón por la que hacemos esto es porque gran parte de nuestro trabajo no aparece en línea, y con el fin de mantener nuestro sitio web en funcionamiento debemos mantener nuestro periódico en funcionamiento. El periódico subsidia al sitio web. Esta refutación académica de la teoría de la Evolución hecha por Chris Ferrara, por ejemplo, es una muestra de por qué es necesario suscribirse a nuestra edición impresa si desea beneficiarse de todo el cuerpo de nuestro trabajo. Este artículo de tres partes apareció en The Remnant hace casi dos años y se hace más oportuno cada día. Incluso el Papa Francisco (tal vez debería decir, por supuesto, el Papa Francisco) dice que esa teoría de la Evolución no es en absoluto incompatible con la enseñanza de la Iglesia porque “Dios no es un mago y la evolución puede haber sido necesaria para él”. Somos muy conscientes de lo polémico e incluso satírico que una estricta defensa de Génesis se ha convertido en 2017. Y, francamente, no nos importa. La ciencia moderna también descarta la Presencia Real de Cristo en la Eucaristía. La ciencia moderna llama a la Resurrección de Cristo un engaño. La ciencia moderna niega la existencia del alma. Si vamos a permitir que las teorías científicas modernas (y no olvidemos, se llama la “Teoría de la Evolución”) y el cientificismo dicten lo que los católicos creemos y no creemos, entonces todo está perdido, la apostasía universal está completa, y las puertas del infierno habrán prevalecido. No podemos ni vamos a ser amedrentados o intimidados cuando se trata de la doctrina definida de la Iglesia Católica de que Dios creó al hombre ex nihilo, de la nada, en un acto supremo de Su voluntad. Si esto hace que nuestros sofisticados críticos se rían de la Iglesia y se burlen de ella, y se rían y se burlen de los que creemos con todo nuestro corazón que Dios no hizo al hombre de un mono, así sea. Y en esta santa temporada de Cuaresma recordamos cómo el mundo se rió y se burló del Hombre que dijo que era Dios. Francamente, nosotros en The Remnant estamos perfectamente contentos de reírnos y burlarnos de la teoría de la Evolución -posiblemente el mayor engaño de la historia- y en las siguientes series confiamos en la ciencia y en la enseñanza de la Iglesia para demostrar qué broma ridícula esta anticuada y ahora totalmente obsoleta teoría se ha convertido. MJM

Parte I: Teoría no digna de la credulidad católica [1]

Se o princípio masculino e o feminino são ambos causas eficientes na geração do embrião


Carlos Nougué

Nota prévia: este breve escrito se funda grandemente em Padre Álvaro Calderón, La naturaleza y sus causas, t. II, p. 375-377. O que porém ali não se encontrar será, obviamente, de minha total responsabilidade.

Objeção. Segundo a biologia moderna e contrariamente à doutrina aristotélico-tomista, o princípio masculino e o feminino concorrem igualmente, como causas eficientes, para a geração do embrião.
Resposta. Deve dizer-se que tal conclusão da biologia moderna decorre de uma insuficiência sua, ou seja, do cingir-se ao quantitativo. Com efeito, para que se trate de um embrião, é preciso que já esteja informado, isto é, determinado por uma forma. Mas, para que uma forma seja causada por várias causas eficientes parciais, é necessário que seja de algum modo composta, de maneira que uma parte se deva a uma e outra a outra. Pode dar-se multiplicidade de causas, sim, quanto à disposição da matéria para receber a forma substancial; e é quanto a tal disposição que o óvulo deve absorver o gameta masculino, em geral bem menor, para que se constitua algo uno, o zigoto. Sucede todavia que é a forma substancial mesma a que dá unidade a tal composto, e essa forma é simples, não composta, e não comporta, portanto, distinção real de partes. Não pode pois ser causada senão por um único agente ou eficiente, ou seja, ou pelo princípio masculino ou pelo feminino. “E a generalidade das espécies”, escreve o Padre Calderón, “mostra que se deve atribuir a geração ao princípio masculino, que é onde a forma específica se dá com maior vigor”.
A espécie humana, é verdade, deve tratar-se à parte, porque a causa eficiente da alma racional é Deus, não o princípio masculino. Mas também pelo que se dá no mundo vegetal pode mostrar-se que em geral é o princípio masculino a causa agente da forma pela qual se constitui o embrião. Com efeito, cada flor encerra em si todo o necessário para a reprodução sexual: a parte masculina é o estame, constituído pelo filamento e pela antera; a parte feminina, ou carpelo, inclui o estigma – que recolhe o pólen –, o ovário – que contém o óvulo – e o estilete – tubo que liga o estigma ao ovário. Pois bem, o pólen é produzido na antera, e é liberado quando já está maduro. Mas cada grão de pólen contém dois gametas masculinos. Ao dar-se a autopolinização, o pólen chega ao estigma da mesma flor, ainda que na maioria das plantas, na qual se tem polinização cruzada, o pólen seja transportado pelo ar, ou pela água, ou por insetos, etc., para outra flor. Se porém o pólen alcança o estigma de uma flor da mesma espécie, constitui-se um tubo polínico que cresce para baixo ao longo do estilete e transporta os gametas masculinos até ao óvulo. É então que, dentro do saco embrionário do óvulo, um gameta masculino fecunda a ovocélula e se eduz a forma substancial, pela qual se constitui o zigoto e pois o embrião.* (O segundo gameta masculino, no entanto, une-se a duas células do saco embrionário, chamadas núcleos polares, para constituir o endosperma nutritivo que envolve o embrião da semente.)
Baste o dito quanto ao que intencionei mostrar principalmente. Acrescente-se apenas que também pelo que se acaba de ler se tem mais um indício do verdadeiro caráter do evolucionismo ou darwinismo: é anticientífico, fantasista, além de radicalmente anticristão. Com efeito, é impossível que a fecundação animal ou vegetal, em toda a sua complexidade, seja resultado da ação de forças cegas da matéria e não da eficiência primeira de um Artífice.



* Assinale-se, porém, para entendimento mais cabal do modo como a forma substancial vem ao ser, que o faz “pela comunhão do agente e da matéria, em cujas [respectivas] potências ativa e passiva ela preexistia, de maneira que, a uma só vez, [a forma] desce por recepção do agente e ascende por edução da matéria. [...]: forma recipitur ab agente in materia, et educitur de materia in esse” (Padre Ávaro Calderón, ibidem, p. 117).   

domingo, 12 de março de 2017

Elogio de Marco Túlio Cícero


Carlos Nougué

A ALTURA DE CÍCERO[1]

Apesar de a figura de Marco Túlio Cícero (Arpino, 106-Caieta, 43 a.C.) sempre se ter afigurado paradoxal ou contraditória nos livros que dele falavam, desde jovem nunca hesitei na admiração, algo confusa, que sentia por ele.
Admirava-o como filósofo? como retórico? como político? Mas obviamente Cícero, o Túlio a que com respeito tantas vezes se refere Santo Tomás de Aquino, não foi tão grande filósofo como Platão ou Aristóteles; faltava-lhe um sistema, uma visão orgânica, a solução intelectiva do mundo. Tampouco se mostrava original, sendo aparentemente, como seus pares romanos, um simples eclético na tentativa de conciliar grande parte das escolas filosóficas precedentes.
Como retórico, era sem dúvida grande, o que porém não era bastante para alicerçar-me a admiração por ele. Se se tratava do político grande que também sem dúvida foi, já aumentava um pouco a possibilidade de minha admiração ter fundamento. Mas não tanto para justificar a própria grandeza dela. Donde pois me provinha aquela inclinação que me fazia ler com avidez e verdadeira simpatia as obras do romano?
Hoje, beirando já a casa dos sessenta, creio ter a resposta. Com efeito, era Cícero um mosaico de qualidades. Historicamente, foi um verdadeiro vaso comunicante tanto entre o pensamento helênico e o pensamento romano como, mais tarde, entre a cultura antiga e os Padres latinos (com especial influência sobre Santo Agostinho, Santo Ambrósio e São Jerônimo). O Pai da Pátria dos romanos conseguiu de fato transplantar a cultura grega para o então solo rústico da sua pólis, dando-lhe uma orientação ética geral e solidificando, desse modo, aquela cidade que progressivamente se confundia com quase todo o orbe conhecido. Mais que isso, porém: deu à língua latina porte científico ao dotá-la, num esforço de adaptação do léxico filosófico grego, de vocábulos para as coisas e ideias que povoavam o universo da sabedoria. Pode-se assim dizer, em sentido lato, que Roma teve três fundadores: Rômulo, Virgílio e Cícero.
Terá, todavia, o filósofo Cícero a mesma altura que o vaso comunicante entre três mundos e o fundador Cícero? Ainda considerando suas grandes contribuições naquele terreno, como o ter firmado grandemente a noção de lei natural (que porém só se consolidaria definitivamente com Santo Tomás), não se pode negar, por um lado, sua inferioridade com relação a um Aristóteles — a cuja filosofia, todavia, como mostrei em outro lugar,[2] tendeu grandemente. Por outro lado, há homens cuja obra, se assim se pode dizer, são grandes por razões extrínsecas a ela. De fato, Cícero, que como filósofo era antes de tudo um seguidor de Sócrates, igualou-se ao mestre não no plano da invenção especulativa, mas no do exemplo vital diante da morte.
Precisamente, o que sem dúvida remata a figura de Cícero em toda a sua grandeza é a absoluta concordância entre o seu pensamento e a maneira como ele se portou na hora de perder a vida. Antes de ser degolado por sicários a soldo de Marco Antônio, primeiro pronunciou aristotélica e, digamos, pré-cristãmente: “Causa das causas, tem misericórdia de mim”, e depois, ao estender ele próprio o pescoço para o golpe fatal, proferiu socraticamente: “Morra eu na pátria que tantas vezes salvei”.
Mais portanto do que elucidar-me uma admiração juvenil, o conhecimento preciso de Cícero confirmou-me o que com grande propriedade alguém já dissera: “Na história, só importam os heróis e os santos [e os sábios, acrescento eu]”.




[1] Apresentação de O Sonho de Cipião, de Marco Túlio Cícero, apresentação, tradução e notas Prof. Dr. Ricardo da Costa 
(http://www.ricardocosta.com/sites/default/files/pdfs/sonhocipiao.pdf).
[2] Na Apresentação de Do Sumo Bem e do Sumo Mal (De finibus bonorum et malorum), trad. Carlos Nougué. São Paulo, Martins Fontes, 2004.